A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse, nesta quinta-feira (3), que acompanha o caso do congolês Moïse Kabagambe, assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia 24 de janeiro. Damares afirmou que lamenta o caso, classificado por ela como "barbaridade".
Além disso, comentou as cobranças que recebeu por uma manifestação imediata sobre o assassinato, justificando que o ministério não interfere nas investigações — essa é a primeira fala pública da ministra dos Direitos Humanos sobre o caso e que acontece 10 dias após a morte de Moïse.
— Há uma cobrança muito grande que a ministra se manifeste em todos os casos. Mas cada caso é cuidado por uma secretaria. E, imediatamente, quando nós fomos acionados, nós tomamos medidas imediatas. [...] Quando está em fase de investigação algum caso como este, o ministério não traz a público a sua participação para não interferir lá na ponta na investigação — disse.
— A gente lamenta a barbaridade que a gente viu naquelas imagens, chega de violência nessa nação. E vamos acompanhar até o final, inclusive a punição, a gente quer pena — concluiu a ministra.
Damares falou a jornalistas no Palácio do Planalto após uma reunião de um grupo de trabalho para articular políticas públicas de prevenção e enfrentamento ao escalpelamento no Brasil.
Três homens foram presos após espancar até a morte o congolês próximo a um quiosque na Barra da Tijuca – nesta quinta, a Justiça do Rio manteve as prisões. O trio disse à polícia que não teve a intenção de matar Moïse e negou que o motivo das agressões esteja ligado ao preconceito de raça ou origem.