A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte por espancamento do congolês Moise Kabamgabe, 24 anos. Ele morava no Brasil desde 2014 e trabalhava em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio. Segundo parentes, o africano morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho, no dia 24. A família só ficou sabendo do caso na manhã seguinte, mais de 12 horas após a morte dele.
Kabamgabe chegou ao Brasil em 2014, com a família, fugindo da guerra no Congo. Familiares relataram que ele trabalhava como garçom, sem contrato, ganhando diárias em um quiosque da orla da Barra da Tijuca. No dia 24, foi ao local para cobrar duas diárias ainda não pagas. Então, foi amarrado e espancado, inclusive com um taco de basebol, segundo familiares. Parentes disseram ainda que os órgãos de Kabamgabe teriam sido retirados do seu cadáver.
Parentes e amigos do congolês fizeram um protesto no sábado (29), em avenida na Barra da Tijuca. Eles denunciaram o caso e exigiram que os culpados pelo assassinato sejam punidos.
A Polícia Civil informou em nota que as investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que foi realizada perícia no local e imagens de câmeras de segurança já foram analisadas. "Diligências estão em curso para identificar os autores", afirma a nota.
Segundo a polícia, a informação de que os órgãos foram retirados do corpo da vítima não procede. "O laudo mostra que o corpo chegou ao IML sem nenhuma lesão no tórax além daquelas que causaram a morte. As imagens do exame de necropsia mostram o tórax aberto com os órgãos dentro", diz a nota.