A Polícia Civil começou a ouvir pessoas na investigação do deque que desabou matando uma pessoa na noite de domingo (18) em Porto Alegre. Conforme a delegada Laura Lopes, titular da 4ª Delegacia de Polícia já prestaram depoimento o responsável pelo Restaurante Marina das Flores e o organizador do evento. Eles disseram que os protocolos sanitários estavam sendo seguidos e que não havia superlotação.
— Eles disseram que o local comportava 150 pessoas e que estavam cumprindo isso. Mas claramente havia aglomeração. Não estava sendo cumprido o decreto de distanciamento. Tinha muita gente aglomerada dançando – diz a delegada, que está de posse de vídeos que mostram um ambiente de balada, com pessoas dançando aglomeradas e sem máscara, o que é proibido pelos protocolos sanitários atuais da prefeitura.
Laura pede que as pessoas que estavam na festa procurem a 4ª DP para colaborar com as investigações, principalmente as que ficaram feridas e que já estão em condições de falar. A documentação do estabelecimento foi solicitada pela delegada. A prefeitura de Porto Alegre informou que o restaurante Marina das Flores não possui alvará de funcionamento. A delegada também já recebeu informações preliminares do IGP, que indicam excesso de peso no local, causado por aglomeração e má conservação da estrutura.
— Estamos investigando o crime previsto no artigo 268 do Código Penal, que é infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. Também estamos investigando a não conservação do deque sobre as pessoas que tiveram lesões, mas isso depende de representação criminal delas. Além disso, claro, o homicídio da menina — resume a delegada.