Conforme nota da prefeitura de Porto Alegre, o bar em que aconteceu a queda de um deque na noite de domingo (18), na Ilha das Flores, não tinha alvará e, portanto, não poderia estar em funcionamento. O local fica dentro de um complexo chamado Marina das Flores, que opera também como local para guarda de barcos e motos aquáticas.
O acidente fez com que 50 pessoas caíssem nas águas no Rio Jacuí. Ao menos oito pessoas precisaram de atendimento médico. Uma delas, que teria passado um tempo submersa na água após o desabamento, acabou morrendo. Ana Elisa Andrade Genaro Oliveira, de 26 anos, sofreu uma parada cardiorrespiratória e chegou a ser encaminhada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), mas não resistiu.
Ainda conforme a nota da prefeitura, a festa que ocorria no local tampouco estava autorizada e não havia sido denunciada à Guarda Municipal. “A Administração Municipal seguirá tomando todas as medidas cabíveis referentes ao fato. O Executivo lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com a família da vítima”, diz o texto.
GZH tentou contato com os administradores da Marina das Flores, mas nenhum telefone atendeu às chamadas até a publicação desta reportagem. Leia a seguir a íntegra da nota da prefeitura:
"NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Prefeitura de Porto Alegre esclarece que a marina, onde ocorreu o acidente na noite deste domingo, 18, na Ilha das Flores, não tinha alvará de funcionamento. A festa, que ocorria no local, não estava autorizada e também não houve denúncia à Guarda Municipal. Desde o início do ano, as equipes municipais de fiscalização intensificaram as operações para combater festas clandestinas.
A Administração Municipal seguirá tomando todas as medidas cabíveis referentes ao fato. O Executivo lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com a família da vítima.
No primeiro semestre de 2021, 3.051 locais foram fiscalizados pela Guarda Municipal. Desses, 208 se referem a festas ou aglomerações e 900 estão relacionados a bares restaurantes e lancherias. Do total de locais fiscalizados, foram registrados 106 autos de infração e 32 de interdição. Em média, são mais de 500 locais fiscalizados por mês. Somente na região do acidente, no Arquipélago, foram realizadas nove vistorias. Na última quinta-feira, 15, uma marina irregular foi fechada.
A população pode fazer denúncias sobre eventos clandestinos e aglomerações pelos telefones 156 e 153"