Uma mulher de 46 anos, suspeita de hostilizar e no final de janeiro, em Santa Maria, foi indiciada pela delegada Débora Dias, da Delegacia de Combate à Intolerância de Santa Maria. No dia 29 de janeiro, durante um evento em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Transexual, realizado na Praça Saldanha Marinho, a suspeita ameaçou as duas vítimas depois de ser indagada por elas do por que estava fotografando as mulheres. A partir disso, a suspeita passou a proferir xingamentos e ameaças.
Conforme a delegada Débora Dias, o indiciamento será por ameaça, mas junto com a conclusão do inquérito, ela vai sugerir ao juiz que seja realizado um exame de sanidade mental na suspeita. É que nas duas vezes em que ela foi intimada para prestar depoimento, alegou que para ela o caso estava encerrado e que ele trabalhava para o presidente norte-americano, Donald Trump, para o vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, e para a Polícia Federal.
— Percebemos que não tinha muita conexão nas coisas que ela falava. Mas vou indicia-la igual por ameaça e solicitar ao juiz a instauração de incidente de sanidade mental, então fica a critério do juiz. Parece que ela tem algum problema de ordem psiquiátrica, mas só a perícia pode confirmar realmente se tem ou não — destaca a delegada.
O encontro em que ocorreram a ameaça e as ofensas também era para pedir mais segurança as transexuais da cidade, já que entre setembro do ano passado e janeiro deste ano, quatro mulheres transexuais foram assassinadas em Santa Maria. No entanto, como não houve xingamentos de cunho homofóbico, o indiciamento foi apenas por ameaça. O crime tem pena prevista de seis meses a um ano de detenção em caso de condenação.