A Polícia Civil concluiu na madrugada desta quinta-feira (6) uma ação de três dias em Gravataí, na Região Metropolitana, para combater a pedofilia na internet. Dois homens — um motorista de aplicativo e um operador de telemarketing — foram presos e outros suspeitos são investigados.
O trabalho foi realizado pelo delegado Pablo Rocha, da Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente de Canoas. Segundo ele, o caso foi apurado pelos agentes da cidade porque havia vítimas identificadas que residem no município.
Foram quatro meses de investigação até a obtenção de quatro mandados judiciais de busca e apreensão. Um dos homens presos mantinha cerca de 2 mil arquivos armazenados no seu computador. O outro tinha pouco mais de 100 arquivos. Os nomes e bairros onde os investigados residem não estão sendo divulgados devido à Lei de Abuso de Autoridade.
— Apesar de não encontrarmos materiais nas residências dos outros dois suspeitos, eles seguirão sendo investigados e o objetivo é ampliar essa ação, que recebeu o nome de Operação Inocentia, incluindo várias outras ações anteriores e outras que virão — explica Rocha.
A polícia informou ainda que os investigados usavam filtros nos programas de computador com o objetivo de impedir a identificação do crime de pedofilia. Mesmo assim, os agentes conseguiram rastrear e identificar os criminosos.
A ação foi em conjunto com o Instituto-Geral de Perícias (IGP) e contou com apoio de agentes da 3ª Delegacia de Canoas. O trabalho continua e, nos últimos seis meses, na área da 2ª Delegacia Regional Metropolitana, já foram presos 14 suspeitos de pedofilia na internet.