Será na próxima segunda-feira (3) a primeira audiência do caso do homem que atropelou um policial militar durante a Operação Balada Segura, em agosto do ano passado. A sessão estava marcada para o último dia 21, mas foi adiada devido a incompatibilidade na agenda do juiz.
A audiência servirá para ouvir 16 testemunhas, sendo 11 de acusação e cinco de defesa, a vítima, o policial militar Luis Henrique dos Santos Borba, 34 anos, e se houver tempo hábil, também o réu, Dilamar Vieira Borges, 27 anos.
O acusado responde por tentativa de homicídio doloso duplamente qualificada (por recurso que dificultou a defesa da vítima e pelo crime ter sido cometido contra policial militar, o que torna a tentativa de homicídio hedionda), desobediência (duas vezes), resistência e embriaguez ao volante.
Relembre
O caso ocorreu no dia 25 de agosto do ano passado, por volta das 22h30min, na esquina da Avenida Fernando Ferrari com a Rua Tamanday. Conforme apuraram as investigações e relataram testemunhas, o réu não obedeceu a ordem de parar na blitz e tentou fugir. Ao furar o bloqueio, a uma velocidade estimada entre 50km/h e 70km/h, ele atropelou o policial, que ficou preso ao capô do Corsa conduzido por Dilamar.
Na sequência, o militar caiu e ficou preso na parte de baixo do veículo, sendo arrastado por alguns metros até o momento em que o condutor bateu o carro e parou. O réu estava embriagado, sendo que foram encontradas diversas latas de cerveja no carro. Ele também reagiu à prisão e precisou ser contido com uso de taser.
O policial teve diversos ferimentos, entre eles, uma fratura grave no tornozelo, e ficou internado por mais de um mês.
O advogado do réu, Wedner Lima, assegurou que vai pedir a liberdade provisória do cliente, que está preso preventivamente desde o fato na Penitenciária Estadual de Santa Maria.