A Polícia Civil realiza ação, nesta segunda-feira (2), para combater o abigeato no Rio Grande do Sul, principalmente em áreas do Litoral Norte e do Vale do Paranhana. Cerco de 80 policiais e oito fiscais agropecuários da Secretaria Estadual da Agricultura participam da chamada Operação Regresso, que cumpriu 12 mandados de busca e sete de prisão preventiva.
Já são oito suspeitos presos e os nomes ainda não foram divulgados. As prisões ocorreram em Gravataí (5), Caxias do Sul (2) e Minas do Leão. Somente neste ano, conforme a apuração, o grupo furtou mais de 300 cabeças de gado.
Segundo a Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Bagé, responsável pela investigação de três meses, foram identificados pelo menos sete suspeitos de envolvimento no esquema, sendo quatro ladrões, dois pecuaristas apontados como receptadores, e o funcionário de um dos criadores de gado. Uma oitava pessoa, também pecuarista, foi detida por posse ilegal de arma de fogo. Outros supostos integrantes do grupo também são investigados.
A quadrilha era conhecida por furtar no mínimo 20 cabeças de gado de uma só vez, utilizando caminhões para o transporte. Um destes veículos foi apreendido na manhã desta segunda-feira.
Houve furtos já confirmados nos municípios de Santo Antônio da Patrulha, Palmares do Sul, Capivari do Sul, Osório, Tavares, Maquiné, Mostardas, Taquara, entre outros. Os bovinos eram levados para a Região Metropolitana, principalmente Gravataí, para confinamento ou abate.
A polícia ainda apreendeu dois caminhões usados pelos criminosos para o transporte do gado furtado. O delegado André Mendes, responsável pelo caso, diz que um dos pecuaristas — que é conhecido por alugar gado e cavalos para rodeios — comprava os bovinos para repassar a abatedouros clandestinos. A Secretaria Estadual da Agricultura também interditou um abatedouro clandestino, inclusive com câmara fria, em Gravataí.