O comerciante Paulo Cupertino Matias, principal suspeito de executar o ator Rafael Miguel, 22 anos, e os pais do jovem, João Alcisio Miguel, 52, Miriam Selma Miguel, 50 anos, continua sendo procurado após o crime que ocorreu no domingo (9), na estrada do Alvarenga, no bairro Pedreira, na zona sul de São Paulo.
Segundo informações do boletim de ocorrência, o comerciante seria contra o namoro da filha, Isabela Tibcherani, com o ator de Chiquititas — que ficou famoso ainda criança no comercial de TV em que pedia para a mãe comprar brócolis em um supermercado.
Acompanhado pelos pais, o jovem teria ido até a casa da namorada para conversar sobre o namoro. "O comerciante Paulo Cupertino Matias, de 48 anos, chegou ao local armado e atirou nas três vítimas que estavam no portão da casa. As vítimas morreram do local", diz o boletim.
O caso, registrado como homicídio consumado, é investigado pelo 98º Distrito Policial de São Paulo e as equipes estão em diligência para localizar e prender o suspeito. Os corpos das vítimas ainda estão no Instituto Médico-Legal (IML) na capital paulista e não há informações sobre velório ou enterro.
Livres para amar
Namorada de Rafael Miguel, Isabela Tibcherani publicou uma homenagem ao ator em suas redes sociais. "Só queríamos ser livres pra amar, sem medida. Queríamos explorar o mundo e explorar a vida. Crescer, lado a lado, como um só", afirmou.
Isabela lembrou do encontro com Rafael um dia antes do crime: "Dá pra ver pelo nosso olhar, nesse momento éramos só você e eu, em meio a todas aquelas pessoas, não tinha mais nada além de nós dois. Lembra, minha vida, que a gente casou de brincadeira? Trocamos nossas alianças pra mão esquerda e dissemos 'Pronto! Casamos!'".
"Tá muito difícil de assimilar mas eu quero pensar em você como o homem iluminado que é, o homem que me orgulha, que me fez a mulher mais feliz do mundo, que me apresentou o amor de verdade, que me salvou e acreditou em mim, quando muitas vezes eu pensei em desistir. Você foi meu pilar, minha força, mesmo enfrentando seus próprios problemas, mesmo vivendo uma luta constante. Lutamos juntos, até o final", disse.
Por que chamamos o suposto autor do crime de "suspeito"?
Enquanto o homem que teria atirado contra o jovem e seus pais não for indiciado pela Polícia Civil, denunciado pelo Ministério Público ou condenado pela Justiça, ele será tratado como suspeito das mortes. Caso ele confesse a autoria dos crimes, poderá ser chamado de autor confesso. Caso se apresente à polícia, mas se mantenha calado, seguirá sendo tratado apenas como suspeito.