O Ministério Público vai recorrer da decisão que negou prisão preventiva contra um dos alvos da operação que resultou na morte do policial civil Leandro de Oliveira Lopes, 30 anos, em maio de 2018, em Pareci Novo, no Vale do Caí.
Paulo Ademir de Moura está preso, mas por envolvimento em outros crimes. O MP quer que ele seja detido também pela tentativa de homicídio contra os demais policiais que estavam na operação.
O comparsa dele, Valmir Ramos, está foragido há mais de um ano e teve a prisão preventiva decretada. Os dois se tornaram réus, na quinta-feira (2), por 24 tentativas de homicídio duplamente qualificado, posse de entorpecentes, posse ilegal de arma de fogo e roubo à mão armada.
Conforme a denúncia, os agentes da Polícia Civil estavam chegando na casa de um dos criminosos, na manhã do dia 2 de maio do ano passado, para cumprir mandados de busca e apreensão, quando foram recebidos a tiros. O policial Leandro de Oliveira Lopes, 30 anos, morreu ao ser atingido pelas costas por um tiro de fuzil.
O indiciamento em relação ao homicídio de Lopes foi arquivado por três razões, segundo o MP. A polícia queria que os dois criminosos alvo da operação fossem responsabilizados, defendendo a tese de nexo de causalidade. O entendimento da Polícia Civil no inquérito é de que a ação de Ramos, que reagiu a tiros quando a polícia chegou em sua casa, deu causa à morte de Lopes.
As outras razões para o arquivamento, conforme MP, seria a inexistência de indícios de autoria, ainda que a Promotoria acredite que o disparo tenha partido da arma de um dos policiais envolvidos na ação. Por fim, o MP alegou conduta de legítima defesa.
Paulo Ademir de Moura e Valmir Ramos conseguiram fugir, mas Moura acabou sendo detido 13 dias depois em Terra de Areia, no Litoral.