Correção: a família não reconheceu o corpo de Sérgio Jaime Bernardes, ao contrário do que foi publicado entre 10h55min e 17h55min de 23 de abril. O texto já foi corrigido.
A Polícia Civil indiciou cinco pessoas — quatro adultos e um adolescente — pela morte do taxista de Rolante Sérgio Jaime Bernardes, 64 anos. No inquérito remetido à Justiça, são atribuídos ao grupo as práticas de homicídio qualificado (por emboscada, tortura e motivo torpe) e organização criminosa. A investigação concluiu que a vítima não era o alvo dos suspeitos — dois deles foram presos.
O delegado Vladimir Medeiros diz que os cinco indiciados integram facção criminosa com base em Novo Hamburgo e atuação no tráfico de drogas. Em 28 de março, eles teriam sequestrado o idoso no interior de Rolante, o levado para uma casa em Portão, no Vale do Sinos, e feito várias perguntas sobre um homem procurado pelo grupo.
Bernardes foi torturado até a morte e teve o corpo enterrado em uma área rural do município. Para confundir a investigação, conforme o delegado, os traficantes retiraram o cadáver da cova, colocaram no porta-malas de um carro, o abandonaram em uma rua de Canoas e depois atearam fogo.
No dia 9, a Polícia Civil deflagrou a operação Figueira, quando um dos envolvidos foi preso — na data, a corporação divulgou que outra pessoa também havia sido detida no início da investigação. Um dos detidos confessou ter enterrado o corpo do taxista. Com essasinformações, Medeiros concluiu as investigações e indiciou os cinco suspeitos.
Os dois homens que não foram presos têm prisão decretada. O delegado aguarda a internação provisória do adolescente, além de três resultados periciais. Um deles sobre a identificação oficial da vítima, apesar da confissão de um dos presos. A perícia está confrontando DNA do corpo carbonizado com o material genético coletado de familiares de Bernardes. Outros exames aguardados são o de luminol — produto químico que reage com sangue e emite uma luz — na casa onde o taxista foi torturado e no local onde foi encontrado o cadáver enterrado.
— A investigação continua, já que queremos saber quem os traficantes estavam procurando, além de saber qual ligação dessa pessoa com o taxista, bem como estamos buscando mais provas técnicas para avançar em relação à liderança desta facção neste caso. E, claro, estamos tentando prender os demais indiciados — afirma Medeiros.