Depois de ficar dois dias fechada, a Unidade Básica de Saúde (UBS) Restinga, na zona sul de Porto Alegre, reabriu na manhã desta quarta-feira (3). O local ficou sem atendimento na segunda e na terça-feira devido a sucessivos tiroteios na região.
Apesar da retomada do atendimento, a UBS fechará uma hora mais cedo durante o restante da semana – funcionará das 7h às 17h.
A gerente de saúde da Restinga e Extremo-Sul, Rosana Meyer Neibert, relatou que todos os funcionários chegaram juntos ao trabalho nesta quarta-feira, acompanhados da Guarda Municipal. Eles também sairão juntos do local.
A Guarda Municipal deve permanecer em frente ao prédio ao longo de toda a semana para garantir a segurança tanto de funcionários quanto de pacientes.
— Foram dias bem tensos para nós, porque o clima de insegurança já vinha há algum tempo. As vezes acontece isso: vem um momento de tensão, chega ao auge e volta ao normal. A nossa grande preocupação é com os usuários desassistidos, porque sabemos que muitos não procuram outras unidades porque não têm como — relata Rosana.
A situação na unidade é tranquila na manhã desta quarta-feira e o movimento de pessoas buscando atendimento é considerado normal. Ao longo da semana, a administração do posto vai tentar fazer o reagendamento dos pacientes que não conseguiram buscar atendimento nos últimos dois dias. O horário de fechamento do posto será reavaliado ao fim da semana.
Na terça-feira (2), escolas da região já haviam retomado atendimento, apesar do número de alunos mais baixo em relação ao normal. A Brigada Militar vai manter policiamento reforçado nos próximos dias.
— A situação está tranquila, amanheceu bem, mas continuamos com o policiamento na mesma proporção dos outros dias para manter a estabilidade do bairro. Como foi ontem que o pessoal retomou as atividades, decidimos manter ainda hoje este policiamento. Hoje, ao longo do dia, vamos ver como fica — garantiu o comandante do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Alex Severo.
A 16º Delegacia da Polícia Civil apura os conflitos no bairro. A principal linha de investigação é de que o confronto envolva disputa de grupos rivais que comercializam drogas na região.