Ao comentar a série de assassinatos em uma escola na cidade paulista de Suzano, com 10 mortos e nove feridos, ocorrido nesta quarta-feira (13), o porta-voz do governo, general Otávio Rêgo Barros, disse não ver ligação entre o atentado cometido por uma dupla de ex-alunos da instituição e a política mais liberal do Planalto em relação ao uso de armas de fogo.
— O evento de São Paulo não tem relação direta com os projetos propostos pelo nosso presidente em seu programa de governo, capitaneados também pelo Ministério da Segurança. Naturalmente estamos a imaginar onde nós podemos colaborar para que coisas semelhantes a essa jamais retornem a acontecer no pais — disse.
Rêgo Barros falou no início da noite, no Palácio do Planalto. Antes de responder perguntas da imprensa, ele leu a nota de pesar divulgada pelo Executivo durante à tarde. No texto, além de prestar condolências às famílias das vítimas, o governo ofereceu “total apoio para auxiliar na apuração dos fatos”.
Quanto a possíveis campanhas de conscientização em relação ao uso de armas de fogo, que tiveram a posse facilitada após a assinatura de um decreto presidencial em janeiro, o porta-voz relatou que não estão no horizonte do governo e que, em relação ao atentado, não houve tempo para definir ações específicas.
— O governo não tem como adiantar e sequer teve tempo de pensar em eventuais campanhas ou coisas semelhantes — comentou Rêgo Barros.
Durante a tarde, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou em sua conta pessoal no Twitter. Na mensagem, além de confortar as famílias, classificou o ato como “uma monstruosidade e covardia sem tamanho”.