Está previsto para esta sexta-feira (15) o anúncio da sentença e o destino dos réus acusados de assassinar o menino Bernardo Boldrini, em Três Passos. O pai, Leandro Boldrini, e a madrasta, Graciele Ugulini, foram presos pelo crime, assim como Edelvânia e Evandro Wirganovicz — eles respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O julgamento começou na segunda-feira (11), com expectativa de duração de cinco dias.
Nesta tarde, jurados se reuniram para votar. Com base no resultado, a magistrada estipulou as penas — ao fim da sessão, ela concederá entrevista. Os quatro réus foram condenados.
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Depoimentos
A madrasta do menino foi a primeira a ser ouvida pelo júri na quinta. Graciele manteve a versão que inocenta Boldrini de qualquer participação no crime. Foi a primeira vez que ela falou publicamente sobre o ocorrido. O único depoimento que deu foi à polícia, em 30 de abril de 2014.
Depois, foi a vez de Edelvânia. Em sua fala, ela inocentou o irmão, disse que abriu a cova de Bernardo sozinha e que foi ameaçada pela madrasta. Ela nega que tenha matado o menino. Quando a juíza passava a palavra à acusação, Edelvânia passou mal e caiu da cadeira. A sessão foi suspensa para atendimento médico. Depois, a defesa orientou que ela não respondesse mais perguntas.
Evandro falou por alguns minutos, afirmou que não sabia de nada e, orientado pelos advogados, não respondeu perguntas do Ministério Público (MP).
Na quarta-feira (13), Leandro Boldrini, pai do menino, foi ouvido pelo júri. Durante o interrogatório, a defesa do médico pediu a consignação. A medida serve para, caso o réu seja condenado e os advogados considerem que ele foi prejudicado, a defesa poderá entrar com pedido de anulação do júri. A solicitação ocorreu porque um promotor do MP continuou fazendo questionamentos mesmo depois de Boldrini ser orientado pelos advogados a não responder.
Também na quarta, as últimas testemunhas de defesa foram ouvidas: Luiz Omar Gomes Pinto e Maria Lúcia Cremonese, ex-funcionário e ex-professora do pai do menino, e Luiz Gabriel Costa Passos, perito contratado pela defesa de Boldrini. As outras três pessoas, familiares de Boldrini, foram dispensadas pelos advogados do médico.