Após um jovem ser morto a tiros dentro do Hospital Centenário de São Leopoldo, no Vale do Sinos, na semana passada, representantes da Secretaria da Segurança Pública, juntamente com dirigentes de hospitais e da Secretaria da Saúde, discutiram nesta quarta-feira (14) ações para evitar novos episódios de violência em unidades. Foi criado um grupo de trabalho que irá elaborar um documento nos próximos dias com inciativas que deverão ser colocadas em práticas.
Uma das ideias é que os estabelecimentos tenham botão de pânico parar alertar os órgãos de segurança quando necessário. As câmeras de monitoramento dos hospitais sejam interligadas com o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública.
A expectativa do secretário da Segurança Pública Cezar Schirmer é de que seja criado, até o começo de dezembro, um protocolo que se estenderá para todos os hospitais.
— Em um primeiro momento vamos criar uma câmara temática para que as instituições possam conversar. Posteriormente, vamos construir um protocolo para que os hospitais tenham mais segurança, proporcionando tranquilidade para funcionários e os pacientes — disse.
Um levantamento do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) mostra que, desde 2014, ao menos 10 pessoas foram assassinadas no Estado dentro de postos de saúde ou hospitais. No caso da última sexta-feira (9), no Hospital Centenário, Gabriel Vilas Boas Minossi, 19 anos, que recuperava-se de um acidente de trânsito, foi morto a tiros ao ser confundido com um criminoso que já havia sido alvo de tentativa de homicídio. Dois pacientes foram baleados.
O mesmo Hospital Centenário já havia sido palco de uma execução, em 2014. Na ocasião, um homem de 29 anos foi morto a tiros na frente de três pessoas dentro de um quarto.