Acompanhado da madrinha, Gabriel Vilas Boas Minossi, foi assassinado por engano durante a madrugada desta sexta-feira (9), no Hospital Centenário, em São Leopoldo. Aos 19 anos, o adolescente, segundo o pai, Marcelo Minossi, era "um guri trabalhador" e deveria ter recebido alta um dia antes.
— Ele se acidentou na BR-116 vindo do trabalho. No acidente ele quebrou os dois fêmures, estava aqui desde quarta-feira (7). Ele ia embora ontem (quinta), mas ele estava com pressão alta e seguraram ele mais um dia — explica.
Confira a íntegra da entrevista:
Gabriel estava na ala cirúrgica quando foi atacado a tiros. Segundo a Delegacia de Homicídios, os atiradores queriam matar outra pessoa que estava internada no hospital, um homem que tem duas passagens em sua ficha criminal por homicídio e saiu do sistema prisional há 10 dias.
Segundo o pai de Gabriel, desde a tarde de quinta-feira (8), havia um "murmurinho" no hospital sobre a intenção dos criminosos de invadirem o local. O jovem estava no mesmo quarto do alvo dos bandidos, "a quatro macas de distância", acompanhado da madrinha, irmã de Marcelo. Devido a pedidos de pacientes, o homem egresso do sistema prisional foi levado a outro lugar, para o andar de cima.
— As enfermeiras e os próprios pacientes fizeram um rebuliço para tirar ele (o alvo) dali. O cara que eles queriam estava lá em cima. Fuzilaram meu filho na cama por engano, sem saber quem era — lamenta Marcelo.