A falta de pistas sobre o paradeiro de Thamara Cristina de Andrade Barbosa, 22 anos, leva a Polícia Civil a suspeitar que a jovem não esteja mais viva. Moradora do bairro Agronomia, na zona leste de Porto Alegre, ela fez o último contato com a família há três semanas.
— Temos a suspeita de que ela não esteja viva, mas, claro, não temos o corpo. Portanto, seguimos buscando, viva ou não — afirma a delegada Roberta Bertoldo, da 2ª DHPP.
Um dos motivos que levam a polícia a suspeitar de que Thamara esteja morta é o perfil dela. Segundo familiares, a jovem não costumava permanecer sem dar notícias. Desde 17 de agosto, não fez contato com familiares e o celular continua desligado. Na última vez em que conversou com a avó, prometeu visitá-la naquela sexta-feira ou no domingo.
Familiares da jovem, ouvidos pela polícia, também relataram ter recebido informações de que Thamara estaria morta. Além dos parentes dela, nestas três semanas a polícia ouviu amigos da desaparecida e familiares do companheiro dela. O homem está detido no Presídio Central por tráfico de drogas. A delegada disse que, até este momento, não há indicativos de que o casal tivesse problemas no relacionamento.
— Não há relatos de alguma briga entre eles, que pudesse levar uma suspeita sobre o companheiro. Mas essas informações, recebidas pela própria polícia, e o fato de a família mesmo referir que ela não ficaria sem dar notícias nos faz suspeitar que não esteja mais viva. Não seria essa uma conduta normal dela — diz Roberta.
Thamara vivia com familiares do companheiro, mas eles não souberam precisar quando ela teria saído de casa. A jovem morava em uma peça anexa à casa. Os parentes dela notaram a falta de roupas, um chinelo, documentos e do celular, que desde então permanece desligado.
— Como ficava nesse quarto, poderia entrar e sair sem ser vista. Portanto, eles não sabem indicar a hora exata em que foi vista e nem com que roupa estava — explica a delegada.
Na Lomba do Pinheiro, outro sumiço é apurado
Outro desaparecimento de jovem é investigado pela equipe da 2ª DHPP na Lomba do Pinheiro, também na zona leste de Porto Alegre. Daiane Oliveira, 23 anos, foi vista pela última vez no dia 29 de julho, à noite, perto da parada 15 da Estrada João de Oliveira Remião. A jovem teria feito limpeza numa casa, depois bebeu cerveja com amigos e foi vista perto da parada 15. O celular não recebe mais chamadas.
— Temos procurado muito por essas duas jovens, mas, infelizmente, até o momento não temos informação sobre o paradeiro. Precisamos que as pessoas colaborem informando o que sabem — diz a delegada.
Informações sobre os desaparecimentos podem ser repassadas à polícia pelo telefone 197, da Polícia Civil, ou pelo 0800-642-0121, do Disque-Denúncia da Delegacia de Homicídios.