A Polícia Civil trabalha com a hipótese de feminicídio no caso do desaparecimento da jovem gaúcha Aline Pereira da Silva, 23 anos, em julho, no Paraguai, próximo da fronteira com o Brasil. De acordo com informações recebidas pelos investigadores — até agora não confirmadas —, ela teria sido morta a socos por um homem.
Aline, que é boxeadora amadora e sonha competir profissionalmente, trabalha como comerciária na farmácia do namorado, no Paraguai. Sua família soube do desaparecimento no dia 13 de julho.
Seis dias antes, sua mãe, a cozinheira Clarice de Fátima da Silva, 53 anos, que mora em Marau, no Norte, fez o último contato com a filha, via WhatsApp. Aline lhe disse que estava na casa do namorado, no Paraguai, em recuperação de um acidente de motocicleta e de uma cirurgia de implante de silicone.
Uma amiga de Aline teria informado à família que o relacionamento da lutadora com o namorado estava passando por uma crise. Ele, inclusive, teria informando por mensagem a essa amiga que mandaria Aline de volta para Marau.
Sem conseguir contato com a lutadora, a família comunicou o desaparecimento à Polícia Civil em Marau. O delegado Norberto dos Santos Rodrigues, então, encaminhou o caso à polícia de Foz do Iguaçu, cidade paranaense localizada na fronteira com o Paraguai.
A polícia do Paraná, por sua vez, recebeu informações de que a jovem teria sido morta a socos e que o autor do crime seria o namorado. As informações foram repassadas a agentes paraguaios, que estão encarregados das investigações.
— Os policiais do Paraguai disseram que fariam uma varredura, inclusive em um local onde poderia estar o corpo, caso se confirme a morte. Mas não nos deram qualquer retorno — relata um policial da DP de Foz do Iguaçu.