A Justiça recebeu nesta segunda-feira (10) a denúncia contra Jair Menezes Rosa, 58 anos, acusado de ter estuprado e matado Francine Rocha Ribeiro, 24 anos, em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. O homem, que permanece preso preventivamente, torna-se réu no processo.
O Ministério Público (MP) havia denunciado Jair na quinta-feira (6). Para a Promotoria, ele cometeu estupro, homicídio qualificado (em contexto de feminicídio) e furto. O crime aconteceu no dia 12 de agosto, no Dia dos Pais, quando a jovem saiu para caminhar no Lago Dourado, um ponto turístico usado para prática de exercícios.
Por envolver crime sexual, o caso corre em sigilo e, por isso, o promotor Flávio Eduardo de Lima Passos só se manifestará nos autos do processo. Jair segue detido em um presídio da região. Ele foi preso no dia 23 de agosto, em casa. A moradia fica próxima de uma trilha que dá acesso ao parque onde Francine foi morta.
A necropsia apontou que a jovem foi asfixiada e também espancada, o que provocou hemorragia interna. O indiciamento foi encaminhado pela Polícia Civil em 31 de agosto pelos mesmos crimes: homicídio qualificado por meio cruel, uso de emboscada, para assegurar a ocultação de outro crime, com classificação de feminicídio (violência em razão de gênero). Além do estupro, também foi indiciado pelo furto dos pertences da vítima, como celular, casaco, par de óculos e anéis que não foram encontrados. Laudos periciais apontaram que havia material genético compatível com o de Jair no corpo e nas roupas da vítima.
O desaparecimento
Francine morava em Vera Cruz, em um bairro a cerca de 3,5 quilômetros do Lago Dourado, onde aconteceu o crime. A jovem almoçou com o pai naquele domingo, passou na casa da mãe para trocar de roupa e seguiu com o namorado até o lago. O rapaz deixou Francine no estacionamento.
Como ela não voltou para casa, a família passou a fazer buscas. O corpo foi encontrado na manhã seguinte em uma área a cerca de 400 metros da pista onde ela se exercitava. Uma câmera do parque flagrou o momento em que ela se alongava sozinha no deck. O suspeito foi preso 11 dias depois. A polícia acredita que ele atacou a jovem, com o objetivo de violentá-la e assassinou a vítima para esconder o crime.