A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo, com apoio das polícias de outros 13Estados, cumprem na manhã desta quinta-feira (14) 75 mandados de prisão e 59 de busca e apreensão contra integrantes de facção criminosa que se originou nos presídios paulistas e se espalhou por todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, as buscas por suspeitos ocorreram em Canoas e em Caxias do Sul.
Segundo o delegado Cristiano Reschke, diretor do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE) da Polícia Civil gaúcha, os dois alvos no Estado têm ligação com uma célula da facção de São Paulo. Ele ressalta que os dois têm condenações e mandados de prisão contra eles por crimes cometidos no Rio Grande do Sul para a organização criminosa que atua em quase todo o país. Um dos alvos reside no bairro Guajuviras, em Canoas, mas não foi localizado e, portanto, é considerado foragido. O outro é um presidiário de Caxias do Sul.
Operação nacional
Segundo investigação em São Paulo, foram identificados sete líderes entre 103 pessoas que integram a facção em todo o Brasil, sendo que 75 tiveram mandados de prisão preventiva decretados. Também não se descarta envolvimento de bandidos em países vizinhos. A ação desta quinta-feira é resultado de uma análise de trechos de alguns manuscritos encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, interior paulista.
Os sete líderes teriam assumido as funções após uma série de transferências dos antigos responsáveis por células do grupo para presídios federais, ocorridas a partir de 2016. A maioria dos mandados é cumprida em São Paulo, 35 ações judiciais ao todo.Além de São Paulo e Rio Grande do Sul, a ação ocorre também em Mato Grosso do Sul, Paraná, Pará, Alagoas, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Roraima, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá e Maranhão.