A Polícia Civil de Estrela, Vale do Taquari, deteve na manhã desta quarta-feira (16), o segundo suspeito da morte do taxista Gilmar Serafini, 59 anos, assassinado na madrugada da última quinta-feira (10). O terceiro suposto envolvido no crime conseguiu fugir no momento em que os agentes tentavam captura a dupla, escondida no bairro Campestre, em Lajeado.
Segundo o delegado José Romaci Reis, a polícia recebeu a informação de que os indivíduos estariam no local. Ao chegarem lá, não puderam cercar totalmente a residência, pois nos fundos havia outra casa. De acordo com Reis, quando os suspeitos perceberam a aproximação, ambos pularam a janela do segundo andar, caíram em um terreno vizinho, onde saltaram sobre o muro e prosseguiram a fuga.
O adolescente de 17 anos, que não tem antecedentes criminais, é conhecido da polícia por consumir entorpecentes. Conforme o delegado, o garoto já encaminhado à Fase e disse não ter participado da ação.
— Ele alega que saiu correndo e não ajudou, mas acreditamos que ajudou, sim, a segurar a vítima. Eles estão empurrando para um e outro, com a finalidade de não assumirem o ato — afirma Reis.
O crime na madrugada de quinta-feira (10) repete o ocorrido com o irmão da vítima há 21 anos, também no Vale do Taquari. O também taxista Gilberto Serafini, à época com 36 anos, foi morto a tiros por assaltantes em uma corrida em 1997.
Era por volta de 1h30min, quando Gilmar Serafini, 59 anos, foi encontrado, ainda com vida, dentro do táxi em que trabalhava, na BR-386, em Estrela. Os PMs chamaram a Samu, mas a vítima acabou morrendo a caminho do hospital. De acordo com o delegado Dinarte Marshall, não foram encontrados o dinheiro, a carteira e o celular da vítima.
Perícia realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) detectou que ele foi morto com vários golpes de faca, no peito e no rosto. Os peritos informaram aos policiais que acreditam que o taxista estava no banco do carona quando foi morto.
Segundo o delegado, o taxista teria começado uma viagem com o trio de suspeitos, que saiu de um bailão em Lajeado. Colegas de Gilmar contaram à polícia que ele estava na fila de taxistas, em frente à casa de festas, aguardando por corridas.