O titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Canoas (DPHPP), delegado Luís Antônio Firmino, deu detalhes sobre a operação que terminou com a morte do inspetor Leandro de Oliveira Lopes, de 30 anos, no início da manhã desta quarta-feira (02), em Pareci Novo, no Vale do Caí.
Em entrevista ao programa Gaúcha +, Firmino disse que estava com o colega durante a operação para cumprimento de mandado de prisão.
— Estávamos com mais de 20 policiais caminhando em direção à casa, numa área rural. Era antes das seis da manhã e estava escuro. Quando nos aproximamos, creio que uns 30 metros de distância, eu estava bem na frente, quando vi um marginal fugindo. No que ele percebeu a presença dos policiais, efetuou disparos contra nós.
Firmino conta que os policiais revidaram e começou a troca de tiros:
— Foi quando eu ouvi que alguém havia sido ferido. Recuei e vi que era o Leandro. Todos os policiais estavam protegidos, de colete. O disparo atravessou o colete.
Segundo o delegado, os policiais sabiam que o homem procurado usava armamento pesado, por isso a cautela e o número maior de agentes do que o normal para esse tipo de ação:
— Ele era foragido. Havia uma ordem de prisão contra ele. Ele é um marginal que atua na cidade de Nova Santa Rita. Bem conhecido ali. O nome dele está envolvido em vários casos de homicídio na cidade.
Ainda não se sabe qual a arma usada pelo criminoso que matou o inspetor. O delegado afirma que estojos de pistola 9 milímetros foram encontrados no local por onde o homem fugiu. Esse tipo de armamento é de uso restrito das forças policiais e armadas.
Um policial amigo de todos
Apaixonado pela profissão e amigo de todos, assim Firmino define o colega morto:
— Ele ingressou na delegacia de homicídios no fim do ano passado e desde o início demonstrou muito interesse. Ele tinha uma qualidade incrível no serviço: não houve um dia, desde que começou a trabalhar conosco, que eu tenha visto esse rapaz com semblante triste.
Firmino foi quem informou à esposa do inspetor sobre o acontecido.
— Não é um dia bom para a família do Leandro, não é um dia bom para a Polícia Civil e não é um dia bom para a sociedade gaúcha. Hoje, a gente perdeu um guerreiro, um rapaz jovem, muito dedicado ao trabalho.
A perícia no local já foi concluída. O colete perfurado pelo disparo fatal já foi apreendido. Conforme Firmino, as buscas ao criminoso vão continuar.