A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) divulgou a identidade dos cinco presos mortos no incêndio que atingiu o albergue anexo a Penitenciária Estadual de Rio Grande, localizada na BR-392, no sul do Estado. Os cinco presos que morreram no local são: Vinicius da Silva Alves, Paulo Ismael Areva Ferreira, Diego Marcelino Ferreira, Dionatha Garcia Martins e Israel Freitas da Silva. Outros sete presos e um agente penitenciário da ficaram feridos e estão internados.
Uma perícia preliminar apontou que o incêndio foi proposital e teria ocorrido após duas tentativas frustradas. Este foi o quinto episódio semelhante em penitenciárias do Rio Grande do Sul em apenas 18 dias. Os outros quatro casos ocorreram todos no mês de março. Até então, não havia nenhum registro de morte.
O incêndio teve início por volta das 3h30min no albergue anexo da Penitenciária Estadual do Rio Grande, composto por cinco alojamentos e com 165 apenados. As chamas consumiram rapidamente o alojamento 1, que abrigava 42 detentos no momento.
Os agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) foram chamados e abriram a porta para retirada dos presos. O alojamento 2 também foi aberto, e os próprios detentos passaram a auxiliar na retirada dos presos que estavam no local do incêndio. Os cinco presos mortos foram encontrados no banheiro, o que leva o delegado regional da Susepe, Fernando Zacotegui, a acreditar que possam ter errado o caminho de saída devido à baixa visibilidade causada pela fumaça.
Todos os presos do albergue foram conduzidos para o pátio da Penitenciária, enquanto os Bombeiros começaram a controlar as chamas. Pelo menos cinco caminhões atenderam a ocorrência.
Foram encaminhados para a Santa Casa do Rio Grande sete presos, que tiveram queimaduras e que inalaram muita fumaça. O hospital emitiu boletim no final da manhã relatando que três estão em observação e quatro foram internados na ala de queimados. Eles foram identificados como Rafael Silva de Quadros, Claudiomar Jair da Silva Acosta, Jeferson Mateus Garcia Monteiro, Christian Aguiar Nunes, Johnni Castro Gutierres, Lázaro Altair de Castro Lopes e Pablo Greque da Motta.
Receberam saída temporária por 7 dias 145 apenados que estavam no albergue. Apenas oito sobreviventes, que não se feriram, ficaram retidos na Penitenciária.