Uma perícia preliminar apontou que o incêndio que provocou cinco mortes na manhã desta quinta-feira (5) na Penitenciária Estadual de Rio Grande foi proposital e teria ocorrido após duas tentativas frustradas.
Conforme investigações internas, no final de semana, criminosos colocaram fogo em uma régua de luz. Colchões chegaram a ser jogados para aumentar as chamas. Entretanto, os próprios agentes penitenciários conseguiram apagar o fogo. Nesta quinta, outros dois focos similares foram registrados na penitenciária — em um deles, as chamas se propagaram, dando início ao incêndio.
Conforme a diretora de Perícia do Interior, Marília da Costa Ribas, havia fios e cabos, além de aparelhos eletrônicos e colchões no local onde as chamas se alastraram.
— Já havia uma tentativa de incêndio. Posteriormente, havia fiações, aparelhos eletrônicos, colchões e outros itens para dar início às chamas. Possivelmente tenha havido intenção — disse.
O fogo começou pouco antes das 4h na Penitenciária Estadual de Rio Grande. Cinco detentos morreram, e ao menos sete ficaram feridos. Um agente penitenciário também foi encaminhado para atendimento médico. O incêndio foi controlado pouco depois das 6h pelo Corpo de Bombeiros.
Este foi o quinto incêndio em penitenciárias do Rio Grande do Sul em apenas 18 dias. Os outros quatro casos ocorreram todos no mês de março. Até então, não havia nenhum registro de morte.