A Polícia Civil de Caxias do Sul deflagrou uma estratégia especial para o final de semana na investigação do sumiço de Naiara Soares Gomes, sete anos.
O esforço está voltado para trabalhos de rua: estão sendo feitas novas conversas com moradores e comerciantes nos locais pelos quais a menina passou, detalhes que surgiram estão sendo confrontados e checados dentro das linhas de apuração que a polícia tem, imagens de câmeras de segurança seguem sendo avaliadas e também são verificadas informações sobre veículos brancos existentes na região.
Passados oito dias, o desaparecimento desafia a polícia como um caso atípico em vários aspectos. Dois deles: não é comum esse tipo de sumiço na região nem é normal se passar tanto tempo sem que surja alguma pista concreta do paradeiro da vítima. Até o momento, com o rastreamento feito a partir de imagens de câmeras de segurança, os investigadores têm certeza do local em que a menina desapareceu - mas trata-se de um ponto cego em que não há imagem - e suspeitam que um carro branco pode ter sido usado para pegá-la.
Se cumprida a meta de checagens do final de semana sem que surjam novidades para o mistério, policiais voltam a se reunir na segunda-feira (19) para uma nova avaliação do caso. Na sexta-feira (16), já houve encontro na delegacia regional para traçar estratégias. Também passou a atuar na força-tarefa a delegada Suely Rech, que trabalhou por 13 anos na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caxias.
Conforme o delegado regional de Caxias do Sul, Paulo Roberto Rosa da Silva, o momento é de aprofundar a verificação em cima do que já foi coletado pela investigação. Familiares e voluntários organizaram uma mobilização para a tarde deste sábado (17), na Praça Dante Alighieri, no Centro, a partir das 14h. Do local partirão grupos que farão buscas em bairros.