O secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, André Costa, afirmou que a chacina na festa de forró na periferia de Fortaleza, na madrugada deste sábado (27), foi um evento isolado. O ataque a tiros terminou com 14 pessoas mortas e seis feridas.
— No mundo todo, tem situações em que se matam 50 pessoas, 60 pessoas em boates. É uma situação criminosa que foi organizada, que foi planejada e que veio a ser executada — disse o secretário em coletiva de imprensa neste sábado.
Costa negou estar havendo perda de controle do Estado com relação às facções criminosas no Ceará e comparou o episódio a situações como as que ocorrem em outros países, como os Estados Unidos.
— Não é que haja perda de controle. São ações que acontecem inclusive em outros países, como os Estados Unidos. São situações que pessoas entram em um local, tem tiroteio e se mata dezenas de pessoas. É difícil evitar e a população sabe. Mas também tem situações que a inteligência se antecipa e evita e, como evita, não vira notícia. Mas, infelizmente, veio esse fato hoje, que não se conseguiu evitar — declarou.
A festa acontecia na casa noturna Forró do Gago, localizada na Rua Madre Tereza de Calcutá, bairro Cajazeiras. Segundo fontes não oficiais, o evento estava sendo promovido por integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), umas das que comandam os presídios e que dominam o tráfico de drogas no Ceará.
Dos 14 mortos, sete foram identificados, sendo três homens, duas mulheres e dois menores. Com relação aos autores e a motivação da chacina, André Costa disse que não pode antecipar nada.