Jackson Peixoto Rodrigues, o Nego Jackson, líder de uma das mais importantes facções criminosas gaúchas, é investigado no Paraguai pelo ataque contra integrantes da quadrilha de Jarvis Pavão - o megatraficante extraditado hoje pelos paraguaios para o Brasil. O bandido gaúcho, que responde a mais de 10 investigações por homicídio, teria participado de um atentado contra um advogado de Pavão, em Assunção, a capital paraguaia.
Foi em janeiro deste ano. Jackson e outros três brasileiros foram capturados numa operação policial por suspeita de envolvimento no assassinato de um casal em Assunção (capital paraguaia). Eles estavam numa residência onde havia uma caminhonete C-10, que seria tripulada pelo quarteto e usada na emboscada que matou o casal brasileiro Paulo Jacques e Milena Soares, em Assunção.
Jacques era advogado de Pavão e tinha acabado de visitar o cliente, num presídio da capital paraguaia. Os tripulantes da caminhonete fugiram para a fronteira e foram presos numa residência luxuosa e com piscina na esquina das ruas Brasil e Manuel Domínguez, no bairro Guaraní, um dos principais de Pedro Juan Caballero (cidade-gêmea da brasileira Ponta Porã).
Os policiais e procuradores de Justiça paraguaios chegaram aos criminosos ao identificar a C-10 que teria participado do atentado em Assunção. Os quatro usavam identidade falsa, mas escondiam armas e dinheiro na casa, o que possibilitou prisão em flagrante. Por meio de fotos, Jackson foi reconhecido como foragido no Brasil.
O gaúcho foi transferido para o Brasil, porque já respondia a homicídios aqui. O duplo assassinato no Paraguai ainda é investigado. Não se sabe se o bandido brasileiro tinha alguma desavença com Pavão ou se a motivação para as mortes foi outra.