A execução de João Carlos da Silva Trindade, o Colete, 39 anos, quarta-feira (23), na Vila Maria da Conceição, no bairro Partenon, na zona leste de Porto Alegre, teve entre as consequências o desalojamento de 164 presos na Cadeia Pública, conhecida como Presídio Central.
Eles foram expulsos pelos líderes da 2ª galeria do Pavilhão A, na quinta-feira. Até a tarde desta sexta-feira (25), permaneciam em um dos pátios e nos chamados bretes, localizados nos corredores, aguardando transferência para outras prisões.
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O diretor da Cadeia Pública, tenente-coronel Marcelo Gayer, confirma a situação. Porém, garante que não há tensão na cadeia. A solução, segundo ele, será a remoção dos desalojados para outra prisão.
– A Vara de Execuções Criminais deverá providenciar, junto à Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), a transferência deles – afirma.
Até ser solto no início deste ano, Colete era um dos líderes da 2ª Galeria do Pavilhão A. De acordo com a polícia, também comandava o tráfico de drogas na Vila Maria da Conceição. Sua morte, com vários tiros no rosto, na casa de familiares, foi a confirmação de que houve divisão na facção criminosa.
Os 164 retirados da galeria seriam aliados de Colete, e a ordem de expulsão teria partido de líderes que mantêm o controle não só do alojamento, como da venda de drogas na Vila Maria da Conceição.