O motivo do não deslocamento de um preso, na manhã desta terça-feira, para o julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri em Porto Alegre foi um protesto dos detentos reivindicando vagas nas cadeias.
De acordo com o juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC), Sidinei Brzuska, a Penitenciária Modulada de Charqueadas tem, atualmente, uma galeria específica para presos da facção que protestou. As informações são da Rádio Gaúcha.
No entanto, o presídio está interditado, impedindo que integrantes do bando possam ser levados à galeria. Com isso, eles ficam nos bretes, celas pequenas e sem acesso a banho de sol.
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O episódio na cadeia da Capital teria sido manifestação de apoio aos detentos de Charqueadas.
– (Os presos) deliberaram que não iriam tomar o café da manhã, almoçar e não fariam liberações até o juiz entrar em contato – explicou o diretor do Central, tenente-coronel Marcelo Gayer Barboza.
A situação voltou ao normal por volta do meio-dia. A Justiça decidiu transferir cinco detentos que estavam nos bretes de Charqueadas para o Central. Outros
18 presos que estavam no presídio da Capital, aguardando vagas no semiaberto, foram levados para a Modulada de Charqueadas.
O impedimento à saída de Oliveira não foi caso isolado.
– Aconteceu com outros presos também. A reivindicação da facção dos Bala na Cara fez com que os apenados se recusassem a vir para as audiências – disse a juíza Taís.
O diretor do Central garante que os brigadianos têm condições de entrar "em todos os espaços do presídio" mas, no caso desta terça-feira, se avaliou que seria melhor evitar possível confronto e aguardar a conversa dos detentos com a VEC para normalizar a situação.
*Rádio Gaúcha