O deputado Mário Jardel (PSD) e mais dez pessoas foram denunciados pelo Ministério Público Estadual em 29 de fevereiro de 2016. O parlamentar é acusado de desviar dinheiro da Assembleia.
Conforme o documento assinado pelo procurador-Geral de Justiça, Marcelo Dornelles, os crimes começaram no primeiro dia do mandato do parlamentar. Há indícios de desvio de verbas referentes a diárias fictícias, indenizações veiculares fraudulentas e à manutenção de "funcionários fantasmas".
O deputado também é acusado de ficar com parte do salário de assessores. Conforme as investigações, foram desviados entre abril e novembro de 2015 mais de R$ 212 mil.
Passados quase seis meses, o Tribunal de Justiça (TJ) ainda não decidiu se aceita ou rejeita a denúncia. No primeiro despacho do desembargador-relator Newton Brasil de Leão, em 9 de março, o magistrado abre prazo para resposta dos denunciados.
"Notifique-se, com urgência, os denunciados para que, no prazo de 15 dias, ofereçam, querendo, resposta escrita (artigo 4º, da Lei 8.038/90), remetendo-se cópia da denúncia", determinava o magistrado.
Em 19 de agosto, o desembargador determinou o cadastramento do novo advogado de Jardel e deu vista do processo ao MP. Conforme o TJ, alguns dos denunciados não foram encontrados, por isso a vista ao Ministério Público.
Na Assembleia Legislativa, o processo de cassação do mandato de Jardel foi suspenso por determinação judicial. A defesa do parlamentar alega que ele não foi ouvido ao longo do processo.