O Alzheimer é uma enfermidade degenerativa, considerada incurável, e trata-se da perda progressiva de memória associada ao envelhecimento. A doença promove a morte das células nervosas no cérebro (os neurônios) de forma progressiva.
Normalmente, a família percebe o déficit de memória quando o idoso está com a doença há, aproximadamente, três anos. O problema apresenta três fases: leve, moderada e avançada. Em sua fase avançada, já compromete quase que por inteiro a memória do paciente, que pode até apresentar dificuldade para andar, ou seja, perda da funcionalidade.
Com o passar dos anos e avanço de novas tecnologias, a doença agregou uma diversidade de tratamentos, e mesmo não apresentando cura, hoje é possível que seus portadores possam retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas e, assim, proporcionar mais conforto e qualidade de vida.
Após o diagnóstico, onde o especialista poderá verificar as partes do cérebro que foram afetadas, é indicado um tratamento, que inclui reabilitação cognitiva, medicamentos e exercícios físicos.
De acordo com o Benjamim Apter, médico especialista em medicina esportiva, fisiologia do exercício e diretor da rede de academias B-Active, para que o idoso apresente resultados positivos com o exercício, é necessário que ele realize de 20 minutos a uma hora de atividade, três vezes por semana e de intensidade moderada.
Segundo o especialista, estudos em grandes centros mostram que os exercícios mais seguros e indicados para portadores de Alzheimer são as atividades de fortalecimento muscular, em que o paciente realiza sentado no equipamento, de forma que os profissionais podem controlar a intensidade e amplitudes dos movimentos realizados.
- Associamos o fortalecimento muscular com outras atividades como equilíbrio, alongamento e propriocepção. Os exercícios fazem com que várias partes do cérebro sejam estimuladas, desde a fala, aos sentidos, visão e tato, além de trabalhar o equilíbrio e a postura, fazendo com que o idoso registre toda a atividade e promova a ligação entre as células do cérebro - finaliza o médico.
Além dos benefícios do esporte para o aumento da qualidade de vida dos portadores do Alzheimer, a ciência tem comprovado que a prática regular de exercícios físicos monitorados em pessoas saudáveis pode também prevenir a doença, pois estimula o hipocampo, estrutura cerebral responsável pela memória.