As emergências de seis hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) e as quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Capital operam com superlotação e restrições nesta quarta-feira (10). Os dados são do painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A pior situação é registrada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde 145 pessoas estão internadas na ala que possui 56 leitos — lotação de 258%. Conforme a instituição, a emergência adulta está superlotada e apenas casos de risco de morte são atendidos. No caso da pediatria, o atendimento está restrito apenas a casos considerados graves.
Também há restrição na emergência do Hospital Conceição. De acordo com a instituição, 120 pacientes são atendidos para 51 leitos. O cenário é semelhante na Santa Casa de Misericórdia, que opera com 235% de lotação. Mais de 60 pacientes estão internados na unidade que tem 28 leitos. Os dois hospitais estão atendendo apenas pacientes com risco de morte.
O Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o Instituto de Cardiologia, o Hospital Restinga e o Vila Nova também estão com a emergência superlotada.
Em relação às instituições particulares, o Hospital Ernesto Dornelles restringiu os atendimentos por lotação. Não há previsão para normalização no atendimento. Já o Hospital Moinhos de Vento recomenda que as pessoas só procurem a emergência em casos graves.
UPAs também apresentam lotação
Além dos hospitais, todos os prontos-atendimentos (UPAs) — Bom Jesus, Cruzeiro do Sul, Lomba do Pinheiro e Moacyr Scliar — estão superlotados.
A unidade Moacyr Scliar, na Zona Norte, tem o pior cenário na noite desta quarta-feira, com 276% de lotação. São 47 pacientes internados para 17 leitos. Outras 23 pessoas aguardam atendimento. Na UPA Cruzeiro do Sul, no sul da Capital, a lotação chega a 233%.