A prefeitura de Porto Alegre emitiu nesta terça-feira (12) uma recomendação para que as pessoas ainda não imunizadas contra a febre amarela procurem pela vacinação. A medida é preventiva e ocorre em função do aumento da circulação do vírus.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na primeira semana de dezembro a Vigilância em Saúde confirmou a morte de um bugio na Capital por conta da doença. Além disso, a pasta ressalta o alerta para a chegada do período de férias e das festas de fim de ano, com maior fluxo de viagens.
A vacina contra febre amarela está disponível em todas as unidades de saúde de Porto Alegre. O esquema varia de acordo com a idade. Bebês de nove meses devem receber uma dose, com reforço aos quatro anos. Pessoas entre cinco e 59 anos que não tenham sido vacinadas, uma dose única. A partir dos 60 anos, somente podem ser vacinadas pessoas que apresentem atestado médico. A aplicação não é recomendada para gestantes.
A doença tem alta letalidade, mas pode ser prevenida com o imunizante. A febre amarela é transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes que habitam áreas silvestres. No ciclo urbano da doença – ausente no Brasil desde 1942 – o vetor do vírus é o mosquito Aedes aegypti. O homem e os primatas não humanos (PNH), como os bugios, são afetados pela doença, mas apenas os mosquitos transmitem o vírus.
A confirmação da morte ou adoecimento dos bugios em uma região sinaliza a circulação do vírus nas matas – ou seja, os animais funcionam como “sentinelas”, alertando sobre a presença da febre amarela. No entanto, eles não transmitem a doença.
Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), nos últimos meses, além de Porto Alegre foram identificados casos de febre amarela em bugios nas cidades de Caxias do Sul, na Serra, Santo Antônio das Missões, na região das Missões, Riozinho e Três Coroas, ambas no Vale do Paranhana, e São Borja, na Fronteira Oeste.