A Fiocruz identificou quatro casos de pessoas infectadas com o subtipo 3 da dengue neste ano no Brasil. Epidemias provocadas por essa cepa não são registradas há 15 anos no país. As informações são da Folha de São Paulo.
De acordo com virologistas do instituto, a recirculação desse subtipo da doença é alarmante, pois indica a possibilidade de epidemia nos próximos meses ou anos de mais uma forma do problema.
Como essa cepa não circula há mais de uma década e, a cada infecção, a pessoa fica imune do sorotipo contraído, significa que praticamente toda a população estará vulnerável, ligando o alerta dos pesquisadores.
Essa tipagem da dengue foi encontrada durante os estudos da Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC-Fiocruz). Nas análises genéticas, três pessoas de Roraima contraíram a doença no Estado e uma pessoa do Paraná - esta última havia retornado do Suriname.
O combate à doença ocorre a partir dos cuidados para evitar a proliferação do mosquito. Esvaziar suporte dos vasos de plantas e preenchê-los com areia, manter vigilância em plantas e flores com acúmulo de água, manter reservatórios de água fechados ou com a boca para baixo, dar destino correto aos pneus e entulhos, além de colocar o lixo no local correto de forma higiênica são algumas das atitudes que mantém o mosquito longe.
No Estado, não existem até o momento casos suspeitos ou confirmados do sorotipo encontrado na pesquisa da Fiocruz. A informação é do Centro Estadual de Vigilância e Saúde do Rio Grande do Sul.