A pesquisa gaúcha Evolução da Prevalência de Covid-19 (Epicovid), que mostrou os primeiros resultados da prevalência da doença na população brasileira, será retomada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O trabalho coordenado pela universidade gaúcha — e agora financiado pelo Ministério da Saúde — vai investigar questões relacionadas à vacinação da população e as consequências da covid-19 para a rotina das pessoas.
A nova Epicovid será realizada em 133 cidades de todos os Estados e tem como objetivo coletar dados sobre o calendário vacinal, notícias falsas sobre a vacina e os sintomas pós-covid. Com um investimento de R$ 7,8 milhões do governo federal, o estudo deve ser iniciado até o meio do ano e visitar 33 mil endereços em todo o país.
— Se na primeira Epicovid buscamos saber o percentual de infectados, agora, queremos saber como está o calendário vacinal, se as pessoas já superaram a fase de fake news sobre a vacina, vamos perguntar também sobre os sintomas pós-covid — explicou o coordenador da pesquisa, Pedro Hallal.
Além da saúde pública, a nova pesquisa também visa coletar dados sobre as consequências sociais e psicológicas da pandemia nas pessoas, incluindo questões relacionadas à renda, desemprego, crianças órfãs e famílias que sofreram perdas indiretas.
Com essa nova pesquisa, espera-se obter informações mais precisas sobre a situação da pandemia no país e como a população tem lidado com a covid-19 em seu cotidiano. A metodologia utilizada será a mesma da primeira Epicovid.
A projeção da UFPel é de que a nova pesquisa possa orientar as políticas públicas e as ações de saúde relacionadas à pandemia.