Foi dada a largada no Movimento Nacional pela Vacinação. Em evento realizado nesta segunda-feira (27), na cidade do Guará, no Distrito Federal, com a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do presidente Lula, teve início a campanha que ampliar os índices de cobertura de todos os imunizantes disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O vice-presidente Geraldo Alckmin aplicou no presidente da República uma dose da vacina bivalente da Pfizer contra a covid-19.
No lançamento, o presidente, que tem 77 anos, afirmou que estava tomando a quinta dose contra a covid e que seguirá se imunizando, caso tenha de receber outras no futuro. Lula também destacou o trabalho da ministra da Saúde e fez um apelo para que a população não acredite em negacionismo.
— Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um. Mas tomar é um gesto de responsabilidade —disse Lula.
Na sequência, o presidente seguiu incentivando os brasileiros a aproveitarem as oportunidades para se imunizar contra qualquer doença que tiver campanha realizada:
— Daqui para frente, quando vocês virem um aviso na TV, no rádio, que estão dando vacina na cidade de vocês, não sejam irresponsáveis, vão lá tomar vacina. É a única garantia de não morrer por falta de responsabilidade.
Em todo o país, a primeira fase da campanha contempla idosos a partir de 70 anos, moradores e trabalhadores de instituições de longa permanência, pacientes imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
No Rio Grande do Sul, como em outros Estados, haverá escalonamento por faixas etárias. Porto Alegre, que já disponibilizou as vacinas para as casas geriátricas, aplica a vacina bivalente, nesta segunda, em pessoas a partir de 90 anos.
Na sequência, a partir de abril, a campanha terá foco na gripe, na poliomielite e no sarampo, além dos demais imunizantes oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Adesão do Estado e da Capital
O governo do Estado irá somar forças ao Movimento Nacional pela Vacinação lançado pelo Ministério da Educação. Diretora do Centro Estadual de Vigilância de Saúde (Cevs), Tani Ranieri, ressaltou no entanto que Estado já realiza ações no objetivo de ampliar a cobertura vacinal.
A diretora explica que, desde a sinalização do governo de transição, no ano passado, de que o combate à queda nas coberturas vacinais seria prioridade no âmbito nacional, o Estado contratou equipes para coordenar ações nessas macrorregiões e identificar potenciais causas e soluções para a baixa imunização no Rio Grande do Sul.
Questionada por GZH, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre informou por meio de nota que aguarda esclarecimentos a respeito do movimento Federal. “Até o momento, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre ainda não recebeu formalmente orientações técnicas do Ministério da Saúde de como irá funcionar a iniciativa. Assim que receber, será possível avaliar o processo de adesão”, constava na nota da pasta.