Diante da possibilidade de uma nova onda da covid-19 por conta da nova subvariante do vírus detectada no Rio Grande do Sul e outros Estados, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) está aguardando orientação do Ministério da Saúde a respeito da aplicação da quinta dose do imunizante. Ainda não há uma definição por parte da pasta federal. Para obter proteção contra a nova variante, especialistas recomendam a vacina bivalente da Pfizer, no entanto, o governo brasileiro ainda não não adquiriu o imunizante.
A SES ainda informa que está em avaliação o total de idosos e imunossuprimidos que receberam a quarta dose da vacina para definir a abertura de vacinação com a quinta dose com os estoques remanescentes. Em maio, a Pasta recomendou a aplicação da quarta dose neste público.
A pasta estadual também informou preocupação com a quantidade de pessoas que não retornaram aos postos de saúde para receber as doses de reforço. No caso da segunda dose, quase 657 mil não voltaram para aplicação, e mais de 3 milhões não retornaram para receber a terceira aplicação. Ainda conforme dados da SES, 2,2 milhões de pessoas aptas para a quarta dose não compareceram ainda às unidades básicas de saúde.
No sábado (12), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi às redes sociais para alertar a população sobre a necessidade de procurar a dose de reforço, uma vez que o Brasil tem registrado uma alta veloz de infecções por covid-19 nas últimas semanas.
Na última sexta-feira (11), o Comitê Científico de Apoio ao Enfrentamento a Pandemia Covid-19 emitiu uma nota técnica com alerta e recomendações à população, com o reforço do uso de máscaras, da vacinação e a ampliação da testagem.
O Ministério da Saúde foi questionado, mas não se manifestou sobre o tema, informando apenas que está monitorando o cenário epidemiológico. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também não informou a previsão de avaliação pela Diretoria Colegiada do pedido de uso temporário do imunizante.
Vacina bivalente
A vacina bivalente contém uma mistura de cepas do vírus SarsCov-2 e promete maior proteção contra a Ômicron, variante que gera preocupação no país. A comparação é com a versão monovalente da companhia, a vacina Comirnaty.
O imunizante contém a subvariante BA.4/BA.5, em adição à cepa original do imunizante, com indicação para aplicação como dose de reforço na população acima de 12 anos de idade.
Nota do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde monitora atentamente o cenário epidemiológico da covid-19 e suas variantes no país, assim como a evolução da cobertura vacinal. Até o momento, mais de 519 milhões doses de vacinas já foram distribuídas para todo o Brasil de forma proporcional e igualitária.
Até o momento, a indicação da segunda dose de reforço da vacina covid-19 é para pessoas a partir de 40 anos e trabalhadores da saúde. A Câmara Técnica Assessora em Imunizações mantém as discussões referentes as alterações e ampliações do esquema vacinal para novos grupos, de acordo com as evidências científicas e o cenário epidemiológico, que são acompanhados diariamente pela pasta.