A China registrou nesta segunda-feira (7) o maior número de contágios por covid-19 em seis meses, apesar dos confinamentos que afetam a indústria, as escolas e a vida cotidiana. O país registrou mais de 5,6 mil novos casos em 24 horas, quase metade deles na província de Guangdong, um centro de manufatura no sul do país com vários portos comerciais.
O governo de Pequim acabou no fim de semana com as esperanças de uma possível flexibilização da rígida política de covid zero, que inclui confinamentos, quarentenas e testes em larga escala para conter inclusive o menor surto de contágios. Uma onda de crises ligadas aos confinamentos, com moradores que reclamaram de condições inadequadas, falta de alimento e atrasos no atendimento médico, abalaram a confiança da população nas medidas.
Um confinamento na maior fábrica de iPhone do mundo, em Zhengzhou, levou a Apple a advertir no domingo que a produção foi "impactada temporariamente" e que os clientes devem enfrentar atrasos na entrega dos pedidos. "A fábrica (de Zhengzhou) opera atualmente em uma capacidade significativamente reduzida", afirmou a Apple em um comunicado.
O grupo de tecnologia taiwanês Foxconn, que administra a fábrica, revisou para baixo o lucro trimestral devido ao confinamento.
A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou no sábado a manutenção da política de covid zero, acabando com os rumores de que Pequim flexibilizaria a rígida política de saúde.
* AFP