Quem circular pelo Parque Farroupilha (Redenção) neste sábado (29) pode avaliar os riscos de um infarto e de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em uma ação realizada pelo Hospital Moinhos de Vento, referente ao Dia Mundial do AVC, equipes de saúde estão avaliando a população que visita o espaço, localizado próximo ao espelho d'água.
Entre os serviços disponibilizados estão testes de glicose, pesagem dos participantes, medição de pressão arterial, rastreio de arritmia cardíaca etc. Também ocorrem ações de educação em saúde para prevenção da doença, como orientações de alimentação, atividades físicas e reabilitação pós AVC.
Conforme dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), a doença é a a principal causa de morte no Brasil e já matou quase 90 mil brasileiros neste ano.
A médica neurologista do Hospital Moinhos de Vento, Aline Palmeira Pires, ressalta que, no local, a população poderá aprender quais são os primeiros sintomas de um AVC, como a perda da fala ou fala embolada; fraqueza de forma súbita e somente de um lado do corpo e a face da pessoa torta, principalmente na região da boca.
— O AVC pode dar em todas as idades, não existe mais isso de ser algo que ocorre somente em pessoas mais velhas. Nós já temos reconhecido que os mais jovens, por conta das mudanças de estilo de vida, também estão sendo diagnosticados com a doença. Por isso, é importante que a população saiba reconhecer os principais sintomas — destaca a médica.
A estudante Carolina Bettoni Cavalli, 23 anos, veio de Bento Gonçalves para participar como voluntária da ação. Aos 13 anos, ela sofreu um AVC esquêmico e ficou com dificuldades na fala, afasia — que é um distúrbio de linguagem — e sem conseguir caminhar.
Com auxílio de uma equipe médica multiprofissional, ela conseguiu recuperar a fala e a mobilidade. Agora, já recuperada ela decidiu participar para conversar, principalmente, com as pessoas que enfrentam a doença.
—Eu decidi vir até aqui para falar sobre o AVC e, principalmente, ajudar as pessoas que tiveram a doença para mostrar que existe vida após um acidente vascular cerebral — afirma Carolina.
A atividade teve início às 9h e segue até 14h no Parque Farroupilha (Redenção), de forma gratuita.