Na data inicialmente prevista para o encerramento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, o Rio Grande do Sul apresentava, às 9h30min desta sexta-feira (9), cobertura de 45,9%. É menos da metade da meta de 95% estabelecida para a imunização de crianças entre um e quatro anos. Diante dos baixos índices em todo o país, verificados não só em 2022 mas também em anos anteriores, o Ministério da Saúde já havia decidido, na segunda-feira (5), estender a mobilização até o final de setembro.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), os 45,9% representam 254,3 mil crianças do público total estimado de 553,8 mil compreendido nessa faixa etária. Dos 497 municípios gaúchos, 156 (31,4%) já alcançaram a meta.
Entre as 10 cidades com melhor desempenho (veja as tabelas abaixo), estão Montauri, Salvador das Missões, Boa Vista do Buricá, São João do Polêsine, Coqueiro Baixo, Floriano Peixoto, Tuparendi, Santa Maria do Herval, Dom Pedro de Alcântara e Tavares.
Na parte inferior do ranking, com as piores performances, aparecem municípios maiores, com contingentes mais elevados a serem contemplados: Sertão Santana, Chuí, São Pedro do Sul, Camaquã, Tapes, Porto Alegre, Eldorado do Sul, Canoas, Piratini e Alvorada.
Sobre as cidades que apresentam índices acima de 100%, a assessoria de imprensa da SES explica que isso ocorre quando a população estimada, anteriormente, estava, na prática, subestimada. A estimativa é baseada em dados do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao último censo, cruzados com os registros de nascimento e mortalidade. “Via de regra, são cidades com uma população estimada pequena, onde mesmo uma variação de poucas pessoas a mais incide significativamente no percentual”, esclarece a SES.
Conforme o governo estadual, esses números se referem a doses aplicadas já registradas no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). “Também pode ser uma das causas dos baixos índices, em alguns municípios, o represamento do lançamento das vacinas já feitas no sistema. Esse prazo, apesar da orientação para que seja realizado o quanto antes, pode levar alguns dias, de acordo com os fluxos e processos de trabalho das secretarias municipais de Saúde”, acrescenta a SES em nota.