Duas semanas após suspender a aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em crianças de três e quatro anos, a prefeitura de Porto Alegre ainda não tem previsão de quando irá retomar o serviço. A continuidade da campanha para essa faixa etária depende do envio de novas doses da CoronaVac, único imunizante autorizado para o público, por parte do governo federal ao Estado. O Ministério da Saúde prevê o início da distribuição das remessas aos Estados a partir de 19 de setembro.
Os pequenos que já estão aptos a receber a segunda aplicação seguem sendo contemplados. Nesta sexta-feira (9), a vacinação ocorrerá em oito unidades de saúde, das 8h às 21h: Clínica da Família Álvaro Difini e unidades de saúde Tristeza, Navegantes, Ramos, Morro Santana, São Carlos, 1º de Maio e Santa Marta.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), das 34.121 crianças de três e quatro anos que vivem na capital, apenas 5.165 já receberam a primeira dose. Isso significa que quase 29 mil estão desprotegidas, o que representa cerca de 85% do público alvo. Não é possível saber qual o impacto da suspensão na baixa adesão à imunização registrada na Capital.
A Secretaria Estadual da Saúde (SES) afirmou que ainda não recebeu previsão de quando irá receber novas remessas de CoronaVac. O governo federal aguarda a produção de 3,5 milhões de doses do Instituto Butantan, responsável pelo imunizante no Brasil. Segundo o instituto, os produtos estão passando pelo processo de envase. A projeção é que elas estejam prontas para envio ainda neste mês, mas o Butantan não confirma a data estimada pelo Ministério.
Em nota, a pasta afirmou que “está em tratativas para aquisição do imunizante com maior celeridade, de acordo com a disponibilidade de entrega das doses pelos fornecedores”. Veja o posicionamento do Ministério da Saúde na íntegra:
"O Ministério da Saúde está em tratativas para aquisição do imunizante com maior celeridade, de acordo com a disponibilidade de entrega das doses pelos fornecedores. A previsão é de que as doses estejam disponíveis a partir de 19 de setembro.
A pasta reitera a disponibilidade de outras vacinas contra a covid-19 para o público acima de cinco anos e reforça a necessidade de Estados e municípios cumprirem as orientações pactuadas para garantir a imunização da população brasileira."