A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (7), uma nota oficial sobre o aumento de infecções respiratórias no Hemisfério Norte e os relatos de alta de casos de metapneumovírus humano (HMPV) na China.
Segundo a entidade, os números estão dentro da faixa esperada para o inverno nessa região. "Em climas temperados, epidemias sazonais de patógenos respiratórios comuns, incluindo influenza, ocorrem frequentemente durante os períodos de inverno".
Em relação à situação na China, a OMS informou que está em contato com autoridades de saúde locais e não recebeu "nenhum relato de padrões incomuns de surtos". Na terça (7), o Ministério da Saúde disse estar acompanhado a situação no país asiático.
Dados publicados até 29 de dezembro de 2024 indicam que as infecções respiratórias agudas aumentaram nas últimas semanas, incluindo o HMPV, particularmente nas províncias do norte do país, mas esse crescimento é esperado nesta época do ano.
Além disso, as autoridades chinesas afirmaram à OMS que o sistema de saúde não está sobrecarregado. Indicaram ainda que a taxa de ocupação hospitalar atual é inferior à do mesmo período do ano passado e que não houve declarações ou respostas de emergência.
Ministério acompanha surto
O Ministério da Saúde afirmou, na terça (7) que está acompanhando o surto de HMPV na China e que a vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias da OMS e de diferentes países para trocar informações.
A pasta lembrou que o risco de uma pandemia é considerado baixo pelos especialistas e salientou a importância das medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias, principalmente a vacinação.
O que é HMPV?
O HMPV é um dos vários patógenos que circulam anualmente em todo o mundo causando doenças respiratórias. Em países com meses de clima frio, ele pode apresentar uma temporada anual, semelhante ao que ocorre com o vírus da gripe. Já em locais próximos ao Equador, ele circula em níveis mais baixos durante todo o ano.
O HMPV é semelhante ao vírus sincicial respiratório (VSR), com sintomas como tosse, febre, congestão nasal e chiado no peito. A maioria das infecções é leve, lembrando resfriados comuns. No entanto, casos graves podem resultar em bronquite ou pneumonia, especialmente em bebês, idosos e pessoas imunocomprometidas.
Indivíduos com doenças pulmonares, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou enfisema também têm maior risco de complicações.
Em países de alta renda, o vírus raramente é fatal. Já em países de baixa renda, com sistemas de saúde frágeis e vigilância limitada, as mortes são mais comuns.