Devido à baixa procura, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre avalia ampliar o público de três e quatro anos apto a receber a vacina contra a covid-19. Desde a tarde de quarta-feira (21), está sendo aplicada a primeira dose apenas em crianças imunocomprometidas (com alguma deficiência no sistema imunológico).
Ao longo da manhã desta quinta-feira (21), a reportagem de GZH esteve em três dos principais postos de saúde da cidade – Santa Marta, no Centro, IAPI e Tristeza – e não encontrou mães ou pais levando seus filhos para ganhar a CoronaVac.
— Estamos aguardando — disse a recepcionista Sandra Machado, do IAPI, estendendo o braço em direção aos guichês vazios.
Das 8h às 11h, nenhuma criança da nova faixa etária liberada para se imunizar havia passado pela Unidade Básica de Saúde (UBS) Tristeza. Profissionais apostam que os interessados apareçam a partir do final da tarde, quando os adultos deixam o trabalho, e os filhos, a escola.
— Infelizmente, vai ter muito pai e mãe que não vai querer dar a vacina — lamenta Alessandra Ambrósio, técnica de enfermagem e vacinadora, habituada a ver homens, principalmente, que chegam ao posto para tomar a dose e recusam a oferta de imunizante para os filhos.
A vacinação para imunocomprometidos de três e quatro anos foi liberada na quarta-feira (20) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) no Rio Grande do Sul. Na Capital, é oferecida, nesta quinta, em 25 unidades de saúde, até as 17h na maioria dos locais – em nove postos, o atendimento segue até as 21h. Também é possível procurar a unidade móvel, em frente à Associação dos Moradores da Vila Dique, no bairro Anchieta, até as 15h.
Quanto à documentação, é necessário apresentar identidade do pai, da mãe ou do responsável legal e da criança. Pais ou responsáveis legais precisam estar presentes no momento da vacinação, ou então o acompanhante deve apresentar autorização assinada. Também é preciso comprovar a condição de saúde da criança com atestado médico, nota de alta hospitalar ou receita de medicação.