
Faleceu, nesta segunda-feira (12), a jornalista e publicitária Neide Pessoa, aos 88 anos.
Neide atuou na luta pelos direitos humanos ao integrar o movimento pela anistia na década de 1970, o Conselho Estadual dos Direitos Humanos, representando o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, e a Comissão da Verdade pela memória e justiça das pessoas assassinadas e torturadas durante a ditadura militar.
Ela foi também diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), e autora do cartaz premiado no concurso promovido pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e pelo jornal O Pasquim, em 1978, para premiar produções gráficas que tivessem como mote o apelo pela anistia.
Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) lamentou o falecimento:
"O MDHC expressa suas mais sinceras condolências e se solidariza com os amigos e colegas de trabalho de Neide Pessoa neste momento de luto. Seu legado de luta e dedicação permanecerá como inspiração para todos aqueles que defendem os direitos humanos."
Em comunicado publicado no Facebook, o Sindicato informou que não haverá velório, pois Neide doou seu corpo para a Faculdade de Medicina da UFMG.
"Para Neide Pessoa, o corpo era 'apenas o invólucro da alma e do espírito'. 'Por isso, não me sentia à vontade para ser enterrada ou cremada', diz ela, quando resolveu fazer a doação em entrevista ao jornal Estado de Minas, ano passado", diz a nota do SJPMG.
