O Ministério da Saúde (MS) investiga três casos suspeitos da hepatite aguda de origem desconhecida no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada no sábado (14).
A pasta ainda anunciou a criação de uma Sala de Situação para monitorar a doença no país. De acordo com o MS, 47 casos da doença foram notificados no Brasil até o momento em nove estados; destes , três foram descartados. Agora são 44 em análise.
Número de casos em monitoramento por Estado:
- São Paulo: 14
- Minas Gerais: 7
- Rio de Janeiro: 6
- Paraná: 2
- Pernambuco: 3
- Santa Catarina: 3
- Rio Grande do Sul: 3
- Mato Grosso do Sul: 3
- Espírito Santo: 1
- Goiás: 1
- Maranhão: 1
Casos descartados
- Minas Gerais: 1
- São Paulo: 1
- Paraná: 1
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES) ainda não informou os municípios onde foram identificadas as suspeitas, nem a idade ou quadro de saúde dos pacientes.
De acordo com o MS, além do monitoramento, a sala de situação foi pensada para padronizar as informações e orientar os fluxos de notificação e investigação dos casos para todas as secretarias estaduais, municipais de saúde e Laboratórios Centrais e de Referência de Saúde Pública.
"O objetivo também é contribuir para o esforço internacional na busca de identificação do agente etiológico responsável pela ocorrência da hepatite aguda de causa ainda desconhecida", disse a pasta por meio de nota.
São técnicos do MS, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e especialistas convidados que vão participar do monitoramento.
No mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou, até a semana passada, 348 casos prováveis da hepatite misteriosa em cerca de 20 países. Uma morte foi confirmada oficialmente pela OMS por causa da doença.
Os primeiros casos da doença foram reportados em 5 de abril, no Reino Unido, quando foram detectadas taxas mais altas de hepatite aguda do que o habitual. A doença acomete crianças e adolescentes entre um e 16 anos, e tem sintomas similares às hepatites conhecidas, mas sem a presença dos vírus clássicos.