A volta às aulas de forma segura está diretamente ligada à vacinação contra a covid-19 em crianças. A afirmação é da infectologista pediatra Sonia Maria de Faria, do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, feita durante o Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, desta quinta-feira (6). Segundo a especialista, não há motivos para os pais temerem vacinar seus filhos.
— Para a vacina ser licenciada, como foi essa para crianças, ela precisa ser muito bem avaliada. Ela passa por testes. Todas as fases foram cumpridas, mesmo que de forma acelerada. Durante todas essas etapas, ela se mostrou segura e eficaz, que é o que se exige de uma vacina — disse.
Sonia destacou ainda que o uso da vacina será monitorado em longo prazo, assim como os demais imunizantes usados no público adulto e adolescente.
— O Ministério da Saúde tem um sistema para monitorar isso, e qualquer efeito adverso deve ser notificado, e será, como tem sido feito, investigado — disse a médica.
O Ministério da Saúde decidiu incluir as crianças de cinco a 11 anos no plano nacional de vacinação contra a covid-19. A imunização para essa faixa etária, no entanto, não será obrigatória nem será necessário apresentação de recomendação médica para a aplicação.
O Brasil receberá, ao todo, pouco mais de 3,7 milhões de vacinas neste mês. Serão três lotes de 1,248 milhão de doses cada um. A primeira remessa deve chegar ao país em 13 de janeiro. A expectativa é de que as primeiras doses sejam enviadas aos Estados e municípios a partir de 14 de janeiro.
Do primeiro lote, cerca de 60 mil doses devem vir para o Rio Grande do Sul. Segundo a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, caso as doses sejam enviadas ao Estado na data prevista, a SES pode dar início ao repasse aos municípios no dia 17 de janeiro.