O Rio Grande do Sul voltou a registrar, entre esta quarta (20) e esta quinta-feira (21), mais de 700 internados por covid-19 em leitos clínicos, também chamados de leitos de enfermaria. Isso não ocorria no Estado desde o fim de julho de 2021.
No fim desta quarta, o Estado contabilizou 715 pessoas com a doença nesses leitos. Nesta quinta às 11h, o número já havia subido para 787 (veja o gráfico abaixo).
Esse indicador vinha registrando queda desde a metade de junho de 2021. Na primeira semana de 2022 essa curva muda radicalmente de direção, como consequência da explosão de casos provocada pela chegada da variante Ômicron no Rio Grande do Sul, ocorrida nas semanas anteriores.
Desde o dia 1º de janeiro, quando o Estado registrou 142 pessoas com covid-19 nesses leitos, o número cresceu mais de cinco vezes, chegando aos atuais 787. Apesar da alta expressiva nas internações, ela não avança na mesma velocidade do aumento de casos.
Assim, o Estado vive atualmente uma rotina de recorde de novos casos, mas tem as internações em patamares mais baixos do que nas ondas anteriores da pandemia. Em 2020, o pico desse indicador foi registrado em dezembro, com 1.393 pessoas com covid-19 em leitos clínicos. Em 2021, o pico ocorreu em março, com 5.435 nessa situação.
Especialistas ouvidos por GZH ao longo das últimas semanas têm indicado que esse freio nas internações se deve, principalmente, aos efeitos positivos da vacinação. Estudos também têm indicado que a Ômicron pode gerar formas menos graves da doença do que as variantes anteriores.