Com a disparada nos novos casos de covid-19 e pela piora na situação dos hospitais, o governo do Estado decidiu em reunião do Gabinete de Crise enviar Alertas para 12 regiões.
— São regiões que não apresentam somente aumento de casos de forma muito intensa, mas também apresentam grande aumento de ocupação dos leitos clínicos e de UTI, o que prenuncia poder vir pela frente algum tipo de dificuldade no atendimento à população — disse Eduardo Leite, em pronunciamento nesta quarta-feira (19).
O governador também explicou quais devem ser os próximos passos para as regiões em Alerta:
– Essas 12 regiões vão precisar fazer reunião dos seus gabinetes de crise para apresentarem ao Estado um plano de ação em (melhoria de) comunicação, em restrição de algum tipo de atividade ou ao menos redução de possibilidades de aglomeração como forma de reduzir a disseminação do vírus.
O governo do Estado adota, desde 2021, o modelo 3As de gestão da pandemia. Por esse sistema, há dois níveis de risco: o aviso (primeiro estágio de risco) e o alerta (nível mais alto de risco). Quando uma região recebe o alerta, precisa adotar uma “ação” (terceiro A do sistema) para frear a contaminação.
Conforme o governador Eduardo Leite, em pronunciamento nesta quarta-feira (19), as regiões são:
- Santa Maria
- Uruguaiana
- Capão da Canoa
- Novo Hamburgo
- Canoas
- Porto Alegre
- Santa Rosa
- Erechim
- Passo Fundo
- Pelotas
- Caxias do Sul
- Lajeado
O Rio Grande do Sul contabilizou, nesta quarta, mais 21.122 casos confirmados de covid-19 nas últimas 24 horas. A atualização estabelece um novo recorde na média móvel diária de casos no Estado e inclina ainda mais a curva íngreme de contágio.
As internações, ainda que estejam subindo, crescem de forma menos intensa que o número de casos. Especialistas ouvidos por GZH ao longo das últimas semanas destacam que a vacinação é a principal responsável por reduzir as chances de as pessoas desenvolverem formas graves da doença e necessitarem de internação. Há indicativos, também, de que a variante Ômicron possa ser menos agressiva do que as anteriores, o que colabora para evitar a explosão de hospitalizações.