Um grupo de cientistas da Clínica Cleverland, nos Estados Unidos, descobriu que o uso do Sildenafil, substância do Viagra, pode reduzir as chances de desenvolver o mal de Alzheimer. A pesquisa foi publicada na revista Nature Aging nesta segunda-feira (6).
Os cientistas pedem, no entanto, que a ideia seja vista com cuidado, pois ainda é preciso testes clínicos com aplicação direta da droga em voluntários para comprovar se há causalidade. O Sildenafil é um medicamento utilizado para tratar de disfunção erétil.
“A associação entre o uso do Sildenafil e a diminuição da incidência da doença de Alzheimer não estabelece uma causalidade e isso vai requerer um teste clínico controlado”, informou em comunicado o investigador chefe do Instituto de Medicina Genómica da Clínica de Cleveland, Dr. Feixiong Cheng.
O estudo investigou a base de dados de 7,2 milhões de adultos no país e constataram que aqueles que tomavam regularmente a droga tinham uma probabilidade 69% menor de serem diagnosticados com a doença nos seis anos seguintes.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas usaram uma estratégia computacional para cruzar dados dos pacientes com 1,6 mil drogas aprovadas pela FDA, agência reguladora dos Estados Unidos. Entre todas, o Sildenafil se mostrou o mais eficaz.
"O sildenafil, que demonstrou melhorar significativamente a cognição e a memória em modelos pré-clínicos, apresentou-se como o melhor candidato", informou o Dr. Feixiong Cheng.
Agora, os pesquisadores estão planejando um novo estudo para testar os benefícios do medicamento em pacientes com Alzheimer precoce.