A Pfizer divulgou nesta terça-feira (14) os resultados de um estudo que confirmam a eficácia do antiviral paxlovid no tratamento da covid-19. Segundo comunicado, os testes indicaram que a pílula produzida pela farmacêutica reduziu em 89% o risco de internação ou morte em decorrência da doença entre os adultos mais vulneráveis ao vírus.
A pesquisa de fase 2 e 3 que avaliou a eficiência do medicamento teve a participação de 2.246 adultos.
– Esta notícia fornece mais corroboração de que nosso candidato a antiviral oral, se autorizado ou aprovado, pode ter um impacto significativo na vida de muitos, já que os dados apoiam ainda mais a eficácia do Paxlovid na redução de hospitalizações e mortes e mostram uma diminuição substancial na carga viral – disse o CEO da Pfizer, Albert Boula.
Outro estudo forneceu sinais de que o medicamento pode ajudar pessoas com baixo risco de desenvolver casos graves de covid-19, como indivíduos vacinados que acabam adoecendo. Na análise inicial, o paxlovid diminuiu o risco de hospitalização e morte em 70% em adultos com essas características, embora não tenha conseguido reduzir ou resolver seus sintomas após quatro dias.
O paxlovid foi o primeiro medicamento desenvolvido especificamente contra o coronavírus. Segundo o infectologista Eduardo Sprinz, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), o medicamento atua contra uma enzina, chamada protease, essencial para o coronavírus se multiplicar.
– Essa enzima é fundamental para que o vírus amadureça. Ao amadurecer, ele garante a capacidade de replicação. A inibição dessa enzima faz com que o vírus não se replique – explica.